Hoje é quase impossível pensar na estrutura de uma rede sem pensar na cobertura do sinal de Wi-Fi. É um dos principais elementos no design de rede e serve desde propósitos recreativos até para automação industrial.
A gestão de uma rede Wi-Fi pode se tornar uma tarefa bem complicada, dependendo da sua necessidade de cobertura e utilização. Problemas como interferência e saturação dos canais são invisíveis, mas com as ferramentas corretas e a expertise do time de especialistas podemos materializar todas essas informações.
Quase todas ferramentas de monitoração no mercado trazem uma visão equipamento por equipamento. Essa metodologia, apesar de permitir ter dados técnicos, inviabiliza uma gestão de alto nível em redes com muitos APs.
Uma estratégia que funciona muito bem é utilizar plataformas que façam uso de Machine Learning e Inteligência Artificial para dividir os equipamentos e áreas de cobertura por: localidade, criticidade e, depois, cruzar estatísticas entre os elementos, mostrando dados e estatísticas em tempo real. O dia-a-dia dessa gestão fica muito mais fácil, além de fornecer informações para tomada de decisão, seja estratégica ou tática.
Plataformas que fazem uso dessas tecnologias podem mostrar uma série de indicadores e informações, abaixo elencamos as que consideramos essenciais para uma gestão eficiente e de alto nível de rede Wi-Fi.
Mais interferência do canal
Com essa visão, podemos verificar tanto as interferências internas (APs da sua rede) quanto externas (APs de vizinhos), que podem causar inúmeros problemas como baixa na taxa de transmissão, perda de pacotes e desconexão de clientes.
Essa análise precisa ser feita sob uma distribuição por canais, isso porque um AP pode estar trabalhando com mais de um canal. Para resolver essa situação é preciso identificar a origem do ruído através de equipamentos específicos para isso.
Maior uso do canal
Paralelo à interferência dos canais e com um efeito prático semelhante, a alta utilização de um canal pode derrubar drasticamente a performance da sua rede. Normalmente a solução mais viável é procurar por uma melhor distribuição de APs no parque.
Quantidade de usuários
Um dos critérios importantes para combinar com o índice de utilização do canal, é a quantidade de usuários. Em cenários onde se tem uma boa distribuição e um perfil homogêneo, esse fator deve ser alinhado ao índice. Também é importante verificar a volumetria de clientes que seus APs são projetados para suportar.
Quantidade de desconexão de dispositivos
A taxa de desconexão de dispositivos normalmente indica se existe um problema de interferência, superutilização do canal ou sombra. Em nossas análises, esse é o indicador que aponta rapidamente problemas de sinal na planta.
Indicadores de disponibilidade e saúde dos equipamentos
Também de forma mais holística é possível analisar seu parque como um todo, levando-se em consideração indicadores como capacidade de processamento (carga) e a disponibilidade do parque. Além do modo tradicional, olhando-se evento a evento na rede, uma visão do todo ajuda a buscar por problemas mais graves, abrangentes ou recorrentes. Abaixo alguns exemplos de visualização destas informações.
Em resumo, nosso protocolo para tratar uma rede Wi-Fi com eficiência é alinhar a tratativa de eventos pontuais (alarmes) com uma visão mais histórica e conjunta dos equipamentos. Desta forma, além de conseguir tratar os eventos ativamente, é possível identificar e resolver problemas de maneira pró ativa e focada no uptime do negócio.
**Artigo escrito por Artur Araujo, Diretor e chefe de Tecnologia Pinpoint. Especialista em gerenciamento e desenvolvimento em infraestrutura de TI, redes e telecomunicações e segurança da informação.
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