WI-FI: Como projetar, implementar e gerir sua rede sem fio

Aquele antigo modo de conexão à rede da empresa por meio de cabos e mais cabos é coisa do passado (ou praticamente). Hoje, usuários precisam ter mobilidade para se locomover com seus dispositivos, na indústria já existem inúmeras aplicações que utilizam wi-fi para se conectar ao maquinário, além dos equipamentos IoT que cada vez mais aparecem em cena nas organizações. Toda essa revolução tecnológica faz da gestão de wi-fi um desafio cada vez mais complexo.

Como preparar a infraestrutura de wi-fi para que ela entregue o que o negócio necessita?

 
Consulte um especialista.

Apesar de ser um assunto bem específico e difícil de encontrar no mercado, consideramos fundamental ter ou contratar uma mão de obra especializada para o desenho da solução. Esse especialista garantirá uma melhor performance do projeto como um todo e evitará, por exemplo, investimentos desnecessários.

 

Dividir o “problema” em fases.

Tudo começa da concepção da rede, mapear a área de cobertura, quantidade de usuários, banda e tipo de uso são fatores decisivos e fundamentais para a escolha e desenho da solução. Cada cenário leva a diferentes soluções. É fácil imaginar que colocar wi-fi em um estádio de futebol (para atender dezenas de milhares de pessoas ao mesmo tempo) terá um requisito tecnológico muito maior que colocar wi-fi em um escritório.

 

Escolha dos equipamentos.

Com os requisitos de negócio mapeados, chega a hora de escolher os equipamentos. Essa é uma das etapas mais importantes, pois será a base para se ter um serviço funcional. Cada fabricante de hardware e seus modelos entregam diferentes características ao ambiente. Existem modelos com maior capacidade de alcance, outros com maior capacidade de usuários conectados simultaneamente, como diferentes antenas, outros ainda com features mais avançadas para controle de congestionamento de sinal e autenticação de usuários.

 

Desenho da solução.

Existem softwares que auxiliam no posicionamento de cada antena. Esses softwares levam em consideração as características de difusão de sinal, capacidade de cada equipamento e como o sinal de wi-fi sofrerá interferência do meio (paredes, armários, vidros, elevadores, lajes), vale um adendo neste momento sobre a preocupação em adicionar elementos de segurança e detecção de intrusão no ambiente. A abrangência destes elementos também vai depender do modelo/marca do equipamento.

 

 

(Exemplo de mapa de calor da abrangência do sinal)

 

Configurar e implementar.

Nesta fase, o aconselhado é seguir todo o planejamento e documentar todas as etapas. Requisitos de segurança como autenticação e segregação de redes serão configurados neste momento.

Depois de instalados fisicamente os equipamentos, é preciso fazer a validação do sinal para ter certeza que o projetado pelo software de design corresponde à realidade. No mercado existem duas diferentes soluções para esse mapeamento: Softwares que utilizam a placa wi-fi do notebook/tablete/celular e hardwares específicos para mapeamento de sinal. A diferença entre os dois está em uma maior capacidade do hardware em entender os sinais de wi-fi versus outras interferências eletromagnéticas (os hardwares dedicados tendem a entregar resultados significantemente mais precisos).

 

          

(Equipamentos de mapeamento de sinal)

 

Durante essa validação, é necessário realizar ajustes de posicionamento das antenas para superar anormalidades medidas não previstas.

 

Operação

Alguns pontos a serem considerados quando a rede de wi-fi vai começar a operar:

1. Suporte aos equipamentos e softwares

O time responsável pela operação do ambiente precisa realizar manutenções periódicas, como: atualizações, alteração de configurações (troca de SSID, vlan, autenticação, etc). Importante! Não se esqueça de provisionar recursos para contratar o suporte dos equipamentos junto ao fabricante. Isso habilitará o time a fazer atualização no software dos equipamentos ou abrir um chamado junto ao fabricante.

2. Suporte a usuários e dispositivos

O sistema de wi-fi precisa interagir fortemente com os dispositivos. É comum ouvir dos usuários “não funciona com o meu celular” ou “não consigo autenticar com esse tablet, mas com o notebook sim”. Esse tipo de situação requer uma interação com os usuários finais e no processo, verificar os equipamentos destes. Como é enorme a variedade de equipamentos hoje no mercado (sem contar os legados) essa é uma tarefa nem sempre fácil.

3. Monitoração do ambiente

Um ponto que normalmente é deixado em segundo plano, mas que eleva drasticamente a estabilidade e diminui exponencialmente as reclamações é a correta e proativa monitoração do ambiente.

Monitorações quantitativas e qualitativas devem levar em consideração o dia-a-dia do ambiente, número de clientes conectados por AP, velocidades dos clientes, porcentagem de uso dos canais, nível de sinal/ruído, interferência, banda, etc. Com isso, o time consegue antecipar grande parte dos problemas e tomar medidas de correção.

Claro que por ser uma tecnologia que utiliza um meio compartilhado (frequências no ar) ainda podem ocorrer interferências principalmente em áreas densamente populadas como em prédios em grandes centros, mas, com todos esses pontos sendo trabalhados em conjunto, traz mais segurança e sucesso do projeto e uso do wi-fi.

*** Artigo escrito por Artur Araújo, diretor Pinpoint. Especialista em gerenciamento e desenvolvimento em infraestrutura de TI, redes e telecomunicações e segurança da informação.

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